De um tudo acontece nessa vida
E pra que serve esse tudo, senão para (des)aprender?
(Des)aprendi a ser eu
Em nome do quê? Nem imagino.
Imposições alheias a mim,
ironia, mostraram exatamente o que tenho por dentro.
(Des)aprendi o que é mentir
e senti na pele as consequências disso.
(Des)aprendi o que são amigos,
e como eles se fazem,
e porque se mantêm
e pra que servem os seus abraços.
(Des)aprendi, também, que quase tudo o que só parece, na realidade, não é
– e nem nunca foi.
(Des)aprendi o que é real.
E o que não é.
(Des)aprendi e só.
E tirei lição nenhuma disso, a não ser as que devo esquecer.
(Des)aprendi o que um dia fui.
Mas voltei ao que sempre serei.