Quantas histórias de vida se encerram com esse tempo verbal? O inacabado, o não resolvido, o que, provavelmente, não terá uma solução. Por quanto tempo a gente tem que conviver com o ponto e vírgula na cabeça, e, muito pior, no coração? Quando chega a hora de se dar aquele basta? De não ter que aceitar mais a dor, o corte de papel sulfite na ponta do dedo quando você menos esperava.
Por que a gente prefere não terminar? Por que a gente amava como amava (o imperfeito)? O que leva a não desamar? Te desamo. Fim.
Não tem fim essa coisa de amor, tola. Ela fica lá, te faz pensar, te faz saber, te faz você. Você é todas as pessoas que já amou verdadeiramente. Não importa se a dor já está distante (e uma hora estará), não interessa o que a pessoa fez pra merecer o seu desamor mais sincero.
Porque, no fundo, o desamor é uma forma de amor também. Te desamo. Como te amava.
Te amo.