preciso de caneta para escrever. não tem caneta. não tem papel também. e não tem mais nada além. quer dizer, tem eu. deitada, semi-vestida, na cama azul. cheirando a cerveja. engasgada de tudo. tudo o que, na verdade, sempre foi nada. sempre fui, jamais serei. a certeza da dúvida. o doce talvez. o papel rabiscado e já enviado. o remorso selado. o que não terá jeito de ser apagado mais uma vez.